O portal Isto é Dinheiro publicou no dia 28 de janeiro, importante matéria abordando os vídeos deepfake, aos quais eles chamam de futuro das fakenews.
Em resumo, os vídeos deepfake se baseiam na manipulação da realidade: um político pode aparecer em um vídeo dizendo algo que nunca diria, por exemplo.
E com o avanço da tecnologia, os vídeos estão se tornando cada vez mais realistas, contribuindo de forma substancial para a rede de desinformação.
A reportagem cita que, embora as “deepfakes” estejam se desenvolvendo há vários anos, o tema voltou a ficar no centro das atenções em abril, quando surgiu um vídeo onde o ex-presidente Barack Obama utiliza um palavrão para descrever seu sucessor Donald Trump. No fim das contas, era um artifício do cineasta Jordan Peele, coordenado com o BuzzFeed, para alertar sobre esses vídeos enganosos.
Esse tema já foi abordado em outros posts aqui em nossa página. Após as eleições, citamos reportagem onde a OEA considerava os fake news um fenômeno sem precedentes no Brasil (leia o artigo).
Além disso, em outro artigo exploramos a responsabilidade de quem emite fake news no ambiente digital (confira).
A responsabilidade penal e civil para quem cria e dissemina notícias falsas, já existe, mas é necessário identificar essa pessoa ou a organização que patrocina esse tipo de coisa.
Quando a divulgação de notícias falsas tem como alvo uma pessoa em específico, a conduta já é prevista no Código Penal como crime de calúnia, difamação ou injúria, e também é possível que haja a responsabilização civil do ofensor a pagar indenização por danos morais, dependendo do caso.
Contudo, há situações que não são individualizadas e acabam atingindo o direito de informação da população de receber notícias verdadeiras. Esses casos são mais difíceis de serem avaliados.
Para evitar problemas, todos os usuários devem tomar alguns cuidados ao utilizar a web. Evitar o compartilhamento de notícias com base apenas na manchete, sem ler o seu conteúdo na íntegra, por exemplo, é uma prática que deve ser adotada. Além disso, é importante não encaminhar áudios sem fontes e nem compartilhar correntes sem checar a veracidade dos fatos. E deve prestar muita atenção no endereço da notícia – evitando sites conhecidos por serem sensacionalistas e observando a formatação e a ortografia da matéria.
E se ainda restou alguma dúvida sobre o tema, não deixe de consultar a área de Relações e Negócios Digitais do Küster Machado.
Küster Machado – Relações e Negócios Digitais
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